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Ensino

Discentes da Geografia realizam atividades de campo em assentamento de Uberlândia

Publicado: Quinta, 03 de Julho de 2025, 08h43

No último final de semana, os discentes da UFTM das disciplinas Geografia Agrária e Globalização e Regionalização do Espaço Mundial, realizaram a atividade prática “Geografia se faz com os pés: Trabalho de campo ao Assentamento Emiliano Zapata” em Uberlândia. A disciplinas é oferecida pelo Departamento de Geografia (IELACHS).

“A importância dos trabalhos de campo na Geografia é instrumento formativo tradicional do campo formativo geográfico. Na atualidade, sob uma perspectiva renovada, transcende a mera contemplação e observação da paisagem, e adentra um campo de experiências e práticas que aproximam os alunos da realidade, entrelaçando sujeitos e seus territórios. Partindo desse pressuposto, o trabalho de campo constitui-se numa importante ferramenta para a compreensão da realidade, e para que o discente tenha possibilidade de relacionar teoria e prática na sua formação. Busca-se possibilitar aos discentes a compreensão das espacialidades e territorialidades produzidas pelos sujeitos do campo que atuam nos processos de lutas e resistências no campo na região do Triângulo Mineiro/Alto Paranaíba (MG)”, afirmou a professora Janaina Vinha, responsável pelas disciplinas, que realiza a atividade de campo há alguns anos.

De acordo com a docente, sem essa vivência, é problemático compreender o espaço geográfico e seus territórios. “O contato com a realidade, neste caso, com os agricultores camponeses que vivem em áreas de reforma agrária, é imperativo para que os alunos compreendam que a formação do espaço geográfico é permeada por conflitos e contradições, em que a luta pela terra e o papel dos movimentos sociais é um processo capaz de gerar desenvolvimento territorial. Um exemplo disso, é a produção de alimentos agroecológicos que as famílias assentadas comercializam, chegando a 35 toneladas escoadas por semana. Outro exemplo é a força da Cooperativa, a Coopercampra, entidade que surgiu em plena pandemia, em 2022, organizada pelo MST, e que hoje garante a geração de renda de 25 famílias de assentados e contribui com a merenda escolar em Uberlândia”, complementou.

A ocasião da visita ao assentamento possibilitou a entrega de um trabalho acadêmico e de uma homenagem, elaborados pelos discentes Maria Izabella Delmunde e Luiz Martins Netto, ambos do Curso de Geografia, apresentados no “I Simpósio Internacional sobre Meio Ambiente, Desenvolvimento e Crise do Capital: conflitos e impactos socioambientais da mineração", intitulado: "Terra, luta e resistência: a construção da Reforma Agrária Popular no Assentamento Emiliano Zapata (Uberlândia-MG)". O trabalho é fruto da realização da atividade de campo do semestre passado, a qual os instigou a iniciar a pesquisa nessa temática.

 

Imagens: Arquivo pessoal/Janaina Vinha - UFTM

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